quinta-feira, outubro 11, 2007

a piada que todo mundo já fez


de família todo mundo é, minha gente.

domingo, outubro 07, 2007

Fanatismo bunda-mole do século XXI

Lá pelas 15h de hoje, um domingo quentinho e folgado, ouvi uma agitação (barulho característico do efeito multidão) lá na Barão do Rio Branco e fui na janela espiar. Não, não era a revolução, crianças.
Uns 30 garotos marchavam e cantavam "... VOU, VOU DAR PORRADA, EU VOUUU. E NINGUÉM VAI ME SEGURAR, NEM A PM!".
Os meninos marchavam rumo ao Kyocera Arena para a partida entre o Atlético paranaense e o Vasco (pesquisei isso tudo agora, okey, jentzz).

Compreenderam?
Trinta garotos entoavam um hino de guerra e caminhavam seguidos pela Polícia Militar (a repressora do hino) e não aconteceu NADA. Nenhuma pedrada na PM.
Sinceramente, faz sentido?
Okey, era antes do jogo, mas cadê a violência das torcidas organizadas? Que fanatismo é esse, minha gente? Cadê o efeito multidão?

Achei cafonézimo.



BRINKS!
Achei chiquerrimo, menina. Acho o pacifismo uma coisa linda, coisa de gente instruída e abençoada. Mahatma é ídolo!
beijosmeliguem!

quinta-feira, outubro 04, 2007

Tá todo mundo falando...


...Na capa da Veja dessa edição.
Achei incrível que a capa esteja bonita assim. Nem deformaram (fisicamente) el Che. É uma foto sombria, sem cores ou sorrisos, mas tá mô gato, aí.
Nas bancas, pela bagatela de R$9,90.

O Maringoni, conhecido cartunista da Carta Maior, palpitou lá no site da agência sobre a matéria da Veja. Ele aponta as pérolas e desrespeita um pouco a família Civita. Divertidíssimo!

"(...)Diogo é uma graça. Ganhou uma capa – é capa da tal sala de visitas, a Veja – e mais um monte de espaço. Sua pérola chama-se 'Che. Há quarenta anos morria o homem, nascia a farsa'. A obra é hercúlea. Diogo contou com a ajuda de outro civitete de estimação, um serzinho chamado Duda Teixeira. Para fazer das suas, foram falar com vários cubanos que, segundo ambos, conviveram com Che Guevara. Não foram a Cuba, mas entrevistaram quatro que moram na mais reluzente cidade latino-americana, chamada Miami. Tem uma comunidade cubana lá que é do balacobaco. Ajudaram a eleger George e seu irmão Jeb Bush. Gente fina.
Entre citações dos tais cubanos e sacadas próprias, a dupla DD (Diogo e Duda) saiu-se com estas:
'Che foi um ser desprezível'.
'Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história já arremessou há tempos outros teóricos e práticos do comunismo, como Lenin, Stalin, Trotsky, Mao e Fidel Castro'.
'Sua vida foi uma seqüência de fracassos'.
Como a vida da dupla DD é uma seqüência de sucessos, eles podem dizer esta última frase de boca cheia. Certamente ambos vão revelar proximamente terem feito algo mais grandioso do que uma revolução nas barbas do império (desculpem o uso da expressão antiquada) ou de terem dado a vida defendendo o que pensam.
O mais legal é a especialidade olfativa dos DD. Sabem de cada uma. Vejam esta:
'Che (...) não gostava de banho e tinha cheiro de rim fervido'.
Cheiro de rim fervido! Alguém sabe como é? Os DD, pelo visto, cultivam o salutar hábito de experimentar odores em busca de comparações espirituosas a pedido dos Civita.
E tem mais. Como estão fazendo graça, dando a patinha e tal, os DD não se preocupam nem mesmo em dizer uma coisa no início da matéria e desdizer a mesma coisa linhas abaixo. Pois vejam só:
'Desde o início, Che representou a linha dura pró-soviética, ao lado do irmão de Fidel, Raul Castro'.
Lá adiante, a dupla do barulho fala assim:
'Che também se tornou crítico feroz da União Soviética'(...)" artigo na íntegra
\o/ Copyleft \o/

Sei que é feio usar duas imagens em um post desse tamanico, mas eu achei tão engraçadinho. Lá do CMI!


Razão instrumental e a dominação do homem pela máquina

Adorno era um rabujento, ninguém dúvida. Mas as coisas que o velhinho acertou sempre conseguem assustar. GERAL!

Deu no Yahoo: É criado um sensor para evitar que motoristas dirijam bêbados

Chega a ser engraçado, mas a forma encontrada para que nenhum bebum se mate ou mate alguns, é investir zilhões em sensores de odor de álcool, de sistema de reconhecimento facial e ainda em sensores que analisam o comportamento do condutor. O mecanismo pode reagir com alarme sonoro ou, ainda, travando o câmbio do travado.

Frente a isso, me resta um último comentário:
VLW, TEKNOLOJIAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!111111111111111

domingo, setembro 23, 2007

Futuros Amantes

Tentei só ouvir, tentei olhar de outro modo, compreender sem preconceito, mas não teve jeito. Amo o Chico Buarque, todo mundo sabe, mas não pude resistir: Chico sem camisa no primeiro plano é UÓ. Depois de ouvir a voz conhecida falar com carinho “amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, ele fica ímpar pairando ali, esperando que alguém o apanhe e complete a sua função de amor” o que você menos espera é ver o ombro nu do Chico saltando na tela.

Destaque ainda para os olhos miúdos, a expressão de garotão de praia e a séria de amassos dos casais.

Vídeo de 1993. É por essas que eu insisto que os anos 90 ainda receberão o seu lugar de destaque entre as décadas bregas da história. Para mim, vence a de 80 fácil, fácil.

quinta-feira, setembro 06, 2007


Desde criança, me impressiona o 30 de agosto. Minha mãe é professora e hora ou outra escutava o que tinha acontecido em 1988, por isso formei uma idéia gigante do quão terrível havia sido o dia em que um governador do Estado permitiu que a cavalaria utilizasse bombas de efeito moral em educadores. Por esses dias, fui cobrir para o jorlab a manifestação de 19 anos do acontecimento e foi um pouco decepcionante. Todo ano a paralisação em memória do 30 de agosto alcança 90% de adesão, mas as manifestações não são tão cheias. Se a indignação compartilhada por todo professor não é suficiente para encher a Santos Andrade, há muito mais pelo que se lamentar.

terça-feira, setembro 04, 2007

Mainstream daqui pro futuro

Deu na Quem:

Patu Fu lança cd independente pela internet
"Longe de uma grande gravadora, a banda mineira lança um de seus melhores discos primeiro pela internet".
Especialmente pra quem simpatizava com algo da banda, mas achava tudo muito mainstream.

Você pode ler a matéria na edição de 30 de agosto. Entre a matéria em que a Cássia Kiss revela ter bulimia e ser bipolar e as fotos do casamento da filha do Alkmin.

Em paralelo quase cronológico, Marcelo Camelo grava um acústico MTV com a ex-dupla de irmãos Sandy e Junior.
Especialmente para quem... ah. hamm. Não sei. Pra quem achava Los Hermanos muito indie?

sexta-feira, abril 20, 2007

enquanto dorme

Há poucas coisas tão reconfortantes na vida quanto ver quem se quer bem dormindo. A expressão relaxada, os lábios tranqüilos e a sensação de eternidade são quase palpáveis.

Fazer um trabalho chato por 5h parece uma fração tão mínima da vida, tão insignificante, que você aceita com resignação. Tudo pode estar mal, mas o ideal de felicidade permanece ali. É esticar os dedos.

E ainda tem as sobras convidativas do cobertor. Ai, o céu de quem passou às 3h. Amenizar, acalmar, abobar. Dormir.

sábado, janeiro 13, 2007

do como o pouco é suficiente

Tudo (TUDO mesmo) que eu preciso para ser absurdamente feliz hoje é de um gramado fresco com vista pro céu e de duas ou três frases de amor.


Isolamento (do mundo) é o que há.
S2

sexta-feira, janeiro 12, 2007

é só saudade, mas (Ah! vocês conhecem essa música)

Sabe, esse negócio de saudade é interessante. Ruim (horrível. Não pense que gosto), mas há momentos divertidíssimos.

É divertido perceber a saudade chegar. Está-se lá, fazendo algo habitual, totalmente corriqueiro e ela chega. Você se vê acometido por alguma lembrança muito aleatória (e sem grandes atrativos sentimentais) ou então é a descoberta (que sempre parece desconhecida, apesar da repetição diária) de que as coisas são grandes demais. O sofá, a cama, a mesa, o prato. Tudo parece ter sido fabricado para ser usado em conjunto,(e viva a coletividade!), dividido, igualmente partilhado. O corpo parece insuficiente. Pequeno demais, leve demais. Incapaz de ocupar o seu devido lugar no espaço, de pressionar suficientemente o chão e impulsionar o caminhar.

É claro que pode ser apenas a percepção (atrasada) de que 1,67m não é altura de gente, mas isso acabaria com qualquer pretenso lirismo meu.

E ainda há a fase final que é a etapa da revelação. Nela você descobre que está sozinho há pouquíssimo tempo, lembra-se de casais que vivem separados ANOS, então roda com um empurrão o círculo (vicioso, hê) da saudade, e vai se ocupar de algo bem prático, de preferência braçal, fingindo que é um ser totalmente anolstalgico, asaudosista. Assim mesmo, um insensível experimentado.

Desculpe os clichês (os desnecessários e os necessários), mas é que eu sou piegas demais.
Estou quase igual a uma garotinha de 13 anos, dessas que escreve poesias ruins em cadernos secretos e desenha corações desproporcionais nos cantos das folhas.