sábado, janeiro 13, 2007

do como o pouco é suficiente

Tudo (TUDO mesmo) que eu preciso para ser absurdamente feliz hoje é de um gramado fresco com vista pro céu e de duas ou três frases de amor.


Isolamento (do mundo) é o que há.
S2

sexta-feira, janeiro 12, 2007

é só saudade, mas (Ah! vocês conhecem essa música)

Sabe, esse negócio de saudade é interessante. Ruim (horrível. Não pense que gosto), mas há momentos divertidíssimos.

É divertido perceber a saudade chegar. Está-se lá, fazendo algo habitual, totalmente corriqueiro e ela chega. Você se vê acometido por alguma lembrança muito aleatória (e sem grandes atrativos sentimentais) ou então é a descoberta (que sempre parece desconhecida, apesar da repetição diária) de que as coisas são grandes demais. O sofá, a cama, a mesa, o prato. Tudo parece ter sido fabricado para ser usado em conjunto,(e viva a coletividade!), dividido, igualmente partilhado. O corpo parece insuficiente. Pequeno demais, leve demais. Incapaz de ocupar o seu devido lugar no espaço, de pressionar suficientemente o chão e impulsionar o caminhar.

É claro que pode ser apenas a percepção (atrasada) de que 1,67m não é altura de gente, mas isso acabaria com qualquer pretenso lirismo meu.

E ainda há a fase final que é a etapa da revelação. Nela você descobre que está sozinho há pouquíssimo tempo, lembra-se de casais que vivem separados ANOS, então roda com um empurrão o círculo (vicioso, hê) da saudade, e vai se ocupar de algo bem prático, de preferência braçal, fingindo que é um ser totalmente anolstalgico, asaudosista. Assim mesmo, um insensível experimentado.

Desculpe os clichês (os desnecessários e os necessários), mas é que eu sou piegas demais.
Estou quase igual a uma garotinha de 13 anos, dessas que escreve poesias ruins em cadernos secretos e desenha corações desproporcionais nos cantos das folhas.