sexta-feira, setembro 29, 2006

Encontrei, postei. É de setembro.


No final das contas (ou nas contas finais) tudo continua muito próximo do que sempre foi. Eu ainda digo as mesmas coisas e fujo do mesmo modo.

Acontece e é sempre da mesma forma.
As frases são sempre muito parecidas. Inspiradas nos mesmos autores, nos mesmos filmes.
Os sorrisos são sempre muito parecidos. Todos eles entre o constrangimento e a alegria contida. Tudo é tão parecido que torna óbvio o que só deveria ser espontaneamente diferente.
Parece ingenuo e deve ser isso mesmo.
Deve ser culpa dessa ingenuidade simulada resultado da dicotomia incomoda que há em mim.
Uma parte de mim sabe e compreende que as coisas são assim. A outra parte, aquela que diz "óun" quando vê casais idosos felizes, não compreende e se irrita.
Não deveria ser assim.
ô, Shakespeare, faça algo por mim.

sábado, setembro 16, 2006

ê laiá

Eu odeio essa minha mania terrível (doentia, psicótica) de preferir as mentiras piedosas às verdades conflituosas. Queria ser forte o bastante para pedir: “A verdade, por favor. Eu agüento”. Mas, na hora final, eu dou um dos meus sorrisos fugidios e imploro mentalmente por um pouco mais de nada.
Acontece continuamente, mas sempre me impressiona. Mesmo depois da verdade estampada, eu ainda me descubro com um daqueles pensamentos “Era só não ter entrado nesse assunto”.

Diz:
Como uma estudante de jornalismo pode gostar tão pouco da verdade e ser tão amante do “me engana que eu gosto”?

Saudades do positivismo.

Percepções da bancarrota

Parte 4:

Quando o que você escuta não é nem o clássico “eu gosto muito de você, mas é como amigo”. O que você recebe na hora final é um sincero, carinhoso e profundo “te amo como a uma filha”.

Pô, incesto não dá.