sexta-feira, setembro 29, 2006

Encontrei, postei. É de setembro.


No final das contas (ou nas contas finais) tudo continua muito próximo do que sempre foi. Eu ainda digo as mesmas coisas e fujo do mesmo modo.

Acontece e é sempre da mesma forma.
As frases são sempre muito parecidas. Inspiradas nos mesmos autores, nos mesmos filmes.
Os sorrisos são sempre muito parecidos. Todos eles entre o constrangimento e a alegria contida. Tudo é tão parecido que torna óbvio o que só deveria ser espontaneamente diferente.
Parece ingenuo e deve ser isso mesmo.
Deve ser culpa dessa ingenuidade simulada resultado da dicotomia incomoda que há em mim.
Uma parte de mim sabe e compreende que as coisas são assim. A outra parte, aquela que diz "óun" quando vê casais idosos felizes, não compreende e se irrita.
Não deveria ser assim.
ô, Shakespeare, faça algo por mim.

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